O movimento da Contracultura surgiu na década de 60, nos Estados Unidos, como forma de contestar o caráter social e cultural da sociedade, utilizando novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o antissocial aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário. Uma cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano.
A contracultura pode ser definida como um ideário altercador que questiona valores centrais vigentes e instituídos na cultura ocidental. Justamente por causa disso, são pessoas que costumam se excluir socialmente e algumas que se negam a se adaptarem às visões aceitas pelo mundo. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação, a difusão de normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das amarras tradicionais e locais – como a religiosa e a familiar -, ganhando uma dimensão mais universal e aproximando a juventude de todo o globo, de uma maior integração cultural e humana. Destarte, a contracultura desenvolveu-se na América Latina, Europa e principalmente nos EUA onde as pessoas buscavam valores novos.
Nos anos 50, surgiu nos Estados Unidos um dos primeiros movimentos da contracultura: a Beat Generation. Os beatniks são considerados os precursores deste movimento, eram jovens intelectuais, principalmente artistas e escritores, que contestavam o consumismo e o otimismo do pós-guerra americano, o anticomunismo generalizado e a falta de pensamento crítico. Os mesmos influenciaram o movimento Hippie.
Os Hippies embora almejasse a transformação da sociedade como um todo, através da tomada de consciência, da mudança de atitude e do protesto político, se opunham radicalmente aos valores culturais considerados importantes na sociedade: o trabalho, o patriotismo e nacionalismo, a ascensão social e até mesmo a "estética padrão". Adotavam um modo de vida comunitário ou estilo de vida nômade, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduísmo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana. Aproveite aqui para ler mais sobre os Hippies.
O principal marco histórico da cultura "hippie" foi o Festival de Woodstock, um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais, como o folk, o "rock’n roll" e o blues, todos esses de alguma forma ligados às críticas e à contestação do movimento. Aproveite para ler mais sobre o Festival de Woodstock.
O que marcava a nova onda de protestos desta cultura que começava a tomar conta, principalmente, da sociedade americana era o seu caráter de ‘não violência’, por tudo que conseguiu expressar, por todo o envolvimento social que conseguiu provocar, é um fenômeno verdadeiramente cultural. Constituindo-se num dos principais veículos da nova cultura que explodia em pleno coração das sociedades industriais avançadas.
O movimento da contracultura valorizava:
- A natureza;
- Luta pela paz e fim da repressão;
- Comunidade;
- Alimentação natural;
- Liberdade sexual e amorosa;
- Anticonsumismo;
- Valorização da religiosidade oriental;
- Crítica a veículos de massa;
- Forma despojada e livre de expressão artística
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